LIDA – NOS CORRES DA VIDA
EXPOSIÇÃO INDIVIDUAL (PROJETO)

“A alma do trabalhador é como um carro velho, só dá trabalho…”
— A Bola do Jogo – Fred 04/Mundo Livre SA
A lógica do trabalho exige dedicação e esforço fora do comum diariamente. A rotina se torna massacrante por horas, e em vários âmbitos, seja no emprego que traz o sustento, seja na casa que resguarda o conforto. O cotidiano exige que tudo funcione plenamente, como uma máquina, onde seus intervalos sejam previsíveis e mecânicos, o trabalhador descansa apenas para levantar e trabalhar mais no dia que se segue. Essa é a Lida, tema deste projeto de exposição. Quem circula nas ruas e no transporte público em busca do seu sustento deveria sempre ser o assunto prioritário de qualquer cidade. Que seja pelo menos nesta mostra fotográfica.
O trabalhador é “A Máquina do Mundo” de Drummond, é a “Bola do Jogo” do compositor pernambucano Fred 04. Nada existiria sem o esforço destes trabalhadores. Ao propor registrar esses atores essenciais cumprindo suas funções rotineiras, Maneco se propõe a flagrar o prosaico de maneira crua, sem filtro ou maquiagem, trazendo um recorte mais próximo do real, em busca da conexão que só a arte pode criar com o humano.
Retratar a experiência humana no correr da história é, talvez, uma das funções mais marcantes da fotografia. Os registros fotográficos trazem luz ao modo como vivemos cada tempo histórico e possibilitam que as gerações futuras possam, não apenas revisitar essas cenas, enriquecendo sua compreensão dos fatos, mas se aproximar do que sentimos ao ver e sermos vistos. Personagens cotidianos de grandes cidades, frequentemente vistos – assim como a maioria de nós – como pequenas peças de uma enorme engrenagem ganham, diante das lentes do fotógrafo, um tamanho mais proporcional à sua humanidade, são protagonistas de suas próprias histórias que, enquanto passantes sempre apressados, não conseguimos imaginar; e vistos de perto se, apresentam como um universo de possibilidades cada um.

















Espalhe por aí!